A conceitualização da Administração como disciplina de
natureza científica, teve seus fundamentos enunciados e sustentados nos estudos
e pesquisas realizados por dois dos maiores expoentes da corrente denominada,
precisamente, como Administração Científica, Frederick Winslow Taylor e Henry
Fayol.
Taylor nascido em 1856, em Filadélfia, Pensilvânia,
USA, era formado em engenharia mecânica e teve uma intensa vida profissional
trabalhando em muitas empresas de diferentes ramos, nas mais diversas funciones,
cumprindo desde tarefas como aprendiz no “chão da fábrica” até cargos de nível diretivo,
gerencial. Com essa rica experiência Taylor teve a oportunidade de estudar e
analisar o funcionamento do trabalho nas fábricas, com preocupação voltada para
conceitos tais como planejamento, eficiência, produtividade, desenvolvimento de
pessoal e outros, com vistas à obtenção dos melhores resultados e lucros para a
empresa.
Em seu Principles of
Scientific Management (1911), Taylor enuncia os cinco princípios
básicos que constituem os alicerces de sua conceição teórica sobre a
administração:
Substituição dos métodos empíricos e
improvisados (rule-of-thumb method)
por métodos científicos e testados (planejamento).
Todo e qualquer trabalho necessita de um estudo
prévio para a determinação dos objetivos que se pretende alcançar a través de metodologia
própria e visando sempre o máximo de eficiência e o desenvolvimento da empresa.
Seleção dos trabalhadores por suas
melhores aptidões, submetendo-os a um processo rigoroso de adaptação e
treinamento para cada cargo, função e operação (seleção e capacitação).
Estabelecimento de uma definição exaustiva,
detalhada, das funções e operações a serem executadas nos diferentes processos
de produção visando procurar, selecionar e contratar o trabalhador mais
apropriado para a sua execução. Em relação ao desenvolvimento de pessoal e seus
resultados, é necessário produzir instruções e orientações detalhadas aos
trabalhadores, através de um processo sistemático de treinamento, com o qual haveria
possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade.
Supervisão da execução do trabalho com
o fim de garantir que está sendo executado de acordo às definições e padrões
estabelecidos (controle operacional).
Incluindo a supervisão funcional, estabelecendo que
todas as fases de um trabalho devem ser acompanhadas de modo a verificar se as
operações estão sendo desenvolvidas em conformidades com as instruções
programadas. Estas instruções programadas devem, sistematicamente, ser transmitidas
a todos os empregados
Organização do trabalho de tal forma
que o trabalhador execute somente uma etapa do processo de montagem do produto
(divisão do trabalho e singularização
das funções).
Estabelecimento de um clima e ambiente de
coparticipação entre o capital e o trabalho, cujo resultado refletirá em
menores custos, salários mais elevados e, principalmente, em aumentos de níveis
de produtividade.
Isso inclui a implantação de um sistema de
pagamento por quantidade (ou por peça) produzida. Os rendimentos dos
funcionários aumentam de acordo com seu esforço e eficiência.
E foi com toda essa filosofia e com todo esse
conjunto de princípios básicos, práticos, sobre o processo produtivo no âmbito
das fábricas e negócios de seu tempo, que Frederick Winslow Taylor construiu as
bases de todo o que agora se conhece como fundamento da ciência da
Administração de Empresas até os tempos atuais.
“ Frederick W. Taylor foi o primeiro homem na história
a considerar o trabalho digno de estudo e observação sistemática. Na
“administração científica” de Taylor reside, sobretudo, o enorme aumento da
riqueza nos últimos 75 anos que impulsionou as massas trabalhadoras nos países
desenvolvidos bem acima de qualquer nível antes registrado, até para os mais
prósperos. No entanto, Taylor, como um Isaac Newton ( ou talvez um Arquímedes)
da ciência do trabalho, deixou apenas as primeiras fundações. Pouco tem sido
acrescentado a elas desde então – embora ele esteja morto há sessenta anos”
Peter Drucker