A GESTÃO EMPRESARIAL
A gestão, de cunho empresarial, se
entende em contraposição à gestão pública, a qual, entre outras coisas, é
caraterizada pela morosidade no atendimento, o formalismo, a normalização
excessiva, a papelada e o trâmite sem fim.
Neste aspecto, a criação de
entidades com “autonomia administrativa, econômica e financeira”, foi o caminho
escolhido, nos diferentes países, para dar solução a problemas institucionais
relacionados com as enormes carências no campo, principalmente, dos serviços
públicos. Pretendia-se assim, dar maior agilidade na tomada de decisões,
eliminar ou diminuir os milhares de controle e trâmites, bem como fugir, da
imensa quantidade de leis, regulamentos, estatutos e outros instrumentos
próprios do setor burocrático, no âmbito do poder central.
Por outro lado, procurava-se
também, promover a gestão profissional, ágil e técnica, na condução dos
negócios dessas instituições, evitando a influência política e o corporativismo
estatal.
O conceito de Gestão Empresarial,
está intimamente vinculado a um conjunto de valores que caracterizam um
determinado comportamento ou desempenho, principalmente, de seu corpo gerencial,
na condução dos negócios e ação administrativa.
São valores empresariais:
Ø A Eficiência
Ø A Eficácia
Ø A Efetividade / Qualidade
Ø A Produtividade
Ø A Competitividade
As definições a seguir, facilitam
a compreensão e o sentido dos conceitos mencionados.
Ø A Eficiência tem
a ver com os processos, procedimentos, rotinas, a forma de fazer bem e
corretamente as coisas, a maximização da utilização do tempo e dos recursos.
Ø A Eficácia, é
o resultado da decisão acertada, a orientação, a direção efetiva das ações,
planos e programas, no alcance dos objetivos da empresa. A eficácia, entre
outros aspectos, diz respeito ou depende da “estratégia” a ser seguida quanto
ao uso do tempo, a alocação dos recursos, enfim, a definição do objetivo,
produto ou resultado a ser obtido.
Ø A Efetividade
/ Qualidade, diz respeito ao resultado que se pretende alcançar na correlação
produto-cliente. Em outras palavras, é o critério através do qual, se avalia se
o produto atende ou não, as expectativas do cliente, em termos de qualidade e
preço.
Ø A
Produtividade, constitui o resultado ou a integração dos três conceitos
anteriores. Pode ser representada pelos enunciados seguintes:
·
Obtenção de maior quantidade de produto, sem aumento de recursos
·
Obtenção da mesma quantidade, com recursos menores
·
Obtenção de maior quantidade com maiores recursos
A Produtividade, inclusive, vem sendo apontada como a grande
responsável pela “nova economia”, onde o conhecimento, a tecnologia e a
informação vem produzindo resultados cada vez maiores e melhores, com maior
rapidez, com menores custos e sem desperdiço.
Ø A
Competitividade, é um valor empresarial, mas, sem dúvida, é também uma
“motivação”. A competitividade impulsiona a empresa a ser “cada vez melhor”, no
caso, apresentando um produto ou serviço de melhor qualidade que o dos
concorrentes, mas também em relação com o aperfeiçoamento permanente de seus processos,
com vistas à obtenção de um produto cada vez melhor.
Esses princípios devem nortear o exercício
da gestão das empresas, já sejam públicas ou privadas, para garantir seu êxito e,
em muitos casos, a sua sobrevivência.
Para tanto, e num sentido mais
amplo, se trata de implantar e manter, nas entidades responsáveis pela
exploração dos negócios e serviços, uma política ou atitude de mudança, caraterizada
pelos seguintes objetivos:
Ø Introduzir na organização e negocio, a cultura da mudança, de
forma permanente e global
Ø Incrementar a eficiência e a eficácia da empresa em função de
objetivos, resultados e metas quantificáveis.
Ø Incorporar na cultura gerencial e da organização, o espirito de
equipe, em contraposição ao individualista, através de da compreensão da
empresa como um sistema, formado por elementos e componentes interativos, na
procura de objetivos comuns.
As caraterísticas mais importantes
do processo de Desenvolvimento Institucional, agora o termo mais na moda é o de
Inovação, são:
Ø É um processo dinâmico e permanente, porque se refere à adequação constante
da empresa às condições e exigências e mudanças do seu entorno.
Ø É um exercício, essencialmente, de planejamento e não improvisado,
porque não é possível, nem conveniente, procurar soluções de todos os problemas
de uma só vez e de forma imediata, como se não existisse escala de prioridades
ou escassez de recursos.
Ø É um processo global e integrador, porque deve abranger a empresa
como um todo e não unicamente um setor, processo ou procedimento.
Ø É um processo que atua de forma global e simultânea, sobre os
sistemas empresariais e técnicos, sobre sua estrutura organizacional e, sobretudo,
nos recursos humanos visando a compatibilização destes entre si e com os
objetivos e metas da empresa.
Ø É um processo dirigido de “cima para baixo”, desde os escalões
mais altos da empresa, com dirigentes participantes e comprometidos com os resultados.
De outro ângulo e, em relação com o tema abordado, Peter Drucker[i] nos expressa:
“A inovação é o melhor
meio para se preservar e perpetuar a organização, é o alicerce para a segurança
e o sucesso no desempenho de cada gestão”. E recomenda:
Ø O abandono sistemático de tudo que estiver desgastado, obsoleto,
improdutivo, bem como erros e esforços mal direcionados.
Ø Enfrentar o fato de que todos os atuais produtos, serviços,
mercados, canais de distribuição, processos e tecnologias têm vida limitada,
habitualmente curta.
Ø Fazer o raio-X da empresa para descobrir o quanto de inovação é
requerido, em quais áreas, dentro de quais prazos
Ø Formular um plano empreendedor, com objetivos para a inovação e
prazos-limite.
Próximo: Mais sobre Gestão Empresarial
- Inovação
7ª. Ed. São Paulo, Editora Cengage
Learning, 2008