segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A Revolução Industrial - Consequências


Uma reflexão introdutória

Não é pretensão de este blog estender-se em relatos e explicações acerca de temas sobre os quais, sabidamente, existe muitíssima literatura, inclusive,  de autores consagrados e de reconhecimento mundial.

Consideramos importante, entretanto, focar determinados aspectos que, de uma ou outra forma, influenciaram e continuam a influenciar nos dias de hoje, instituições públicas e privadas dos países em desenvolvimento, principalmente no campo da administração, para os efeitos de analisar e avaliar, entre outras coisas, ate que ponto as experiências foráneas tem sido, ou não, devidamente adaptadas às nossas condições e idiossincrasia, assim como devidamente aproveitadas.

Voltando ao tema sobre as consequências da Revolução Industrial afirmamos que, sem dúvida, foi a fonte e origem das grandes transformações que iriam a ditar o rumo da civilização nos campos tecnológico, econômico, político e social.

Entre as consequências mais importantes desta nova era podemos citar:

Ø A criação das fábricas com a transferência da atividade artesanal para a fabril.
Ø O surgimento de uma nova mão de obra com a migração da população do campo para a cidade.
Ø A mudança das condições de trabalho.
Ø O incremento exponencial da produtividade pelo uso das máquinas e a consolidação do conceito da divisão do trabalho.
Ø A disseminação do movimento revolucionário da industrialização entre outros países de Europa e, ainda, nos Estados Unidos de América.
Ø O incremento mundial das atividades comerciais entre os países.
Ø O enriquecimento de pessoas (notadamente novos empresários e capitalistas) e países.
Ø A criação de novas formas de gestão de negócios e empresarial.

Mas, sem dúvida, o maior efeito e, quiçá, o mais importante efeito de todo este processo histórico conhecido como Revolução Industrial foi, a nosso ver, o de abrir as portas para a liberalização do todo um potencial, de toda uma força, e de toda uma capacidade criativa do homem, adormecidos durante milênios, e que acordou definitivamente para orientar à humanidade para rumos, agora, imprevisíveis, nas asas da inteligência e do conhecimento.




segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A Revolução Industrial

Da economia rural à economia das máquinas

Existe unanimidade, entre os meios acadêmicos, acerca de que o processo social, econômico, e, sobretudo, tecnológico, conhecido como a Revolução Industrial, se iniciou na Inglaterra na segunda metade do século XVIII.
  
 Até aquele momento e durante séculos a vida da maioria das pessoas naquele país,  transcorria num ambiente tipicamente rural e se resumia à luta do dia a dia pela obtenção de seu alimento, roupa e moradia.

Tudo era obtido do aproveitamento dos recursos naturais: do cultivo da terra, da carne e da pele de animais, no caso, principalmente da lã e de fibras vegetais, e, por fim, da madeira de florestas ou pedreiras, utilizadas para a construção de suas casas.

Com o decorrer do tempo a paisagem inglesa foi-se modificando e passou a ser formada por aldeias, fazendas e pequenas propriedades rurais, mantendo grandes extensões de pastos sem maior aproveitamento. Todavia, as técnicas de cultivo e de incremento da produção de alimentos, eram rudimentares.

Há uns 250 anos, entretanto, os fazendeiros da era georgiana começaram a mudar esse panorama. O número de habitantes crescia a taxas apreciáveis, para os padrões da época, passando, de 5.500 milhões em 1750 para 16,500 milhões em 1850, o que exigia, sem dúvida, um grande esforço para garantir e dar condições de alimentação para todo esse contingente humano. Dessa forma, pântanos, terras ociosas e florestas foram drenados, limpos e arados, além da introdução de inovações e melhorias no cultivo e na exploração da terra.

Mesmo nesse panorama eminentemente rural, a principal base da prosperidade e da economia da Inglaterra era, e continuou sendo por muito tempo, a manufatura de lã e algodão, tendo na figura do Mestre Tecelão seu grande protagonista.

Esse era o relativamente tranquilo e bucólico ambiente da Inglaterra dos séculos XVII e XVIII, que estava prestes a se transformar em palco da grande e radical mudança econômica e social da humanidade produzida pela introdução de inventos e inovações tecnológicas, daquilo que se convencionou em chamar: A Revolução Industrial.

A Enciclopédia Britânica nos informa que foram três os principais inventos ou inovações que deram partida para esse fantástico fenômeno histórico:
Ø  A máquina de fiar
Ø  O tear mecânico
Ø  O motor a vapor

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Os Caminhos da Humanidade

Desde o inicio dos tempos ate o estágio atual de civilização e desenvolvimento, o homem passou por grandes transformações físicas, mentais e psicológicas que lhe permitiram enfrentar, na sua luta pela supervivência, os enormes desafios que o mundo lhe exigia.

Antropólogos, paleontólogos, arqueólogos, metereólogos, biólogos e outros profissionais e especialistas das mais diversas ciências e ramos do conhecimento, se dedicam à realização de estudos e pesquisas dirigidos a procurar respostas para as  incógnitas e segredos relacionados com a evolução dos seres vivos no planeta, principalmente do ser humano.

Das descobertas obtidas e de sua interpretação se chegou à identificação de três etapas fundamentais e bem definidas que, em geral, resumem e caracterizam a longa caminhada do homem sobre a terra ate os dias de hoje.

O Período Paleolítico

Nos primeiros momentos, na fase mais primitiva de sua existência, na época pré-histórica, o homem, mais orientado pela sua intuição e seus instintos e contando, principalmente, com a sua força física, obtinha sua alimentação e a de sua prole daquilo que a própria natureza lhe oferecia. Era nômade, caçador, pescador, coletor de frutos, vegetais e outros alimentos naturais e tinha seguramente que enfrentar, para sobreviver, inclemências climáticas e fenômenos geológicos extremos e, ainda, se defender de outros animais. Eram, também, os tempos dos movimentos migratórios pela faz da terra.
Essa etapa de duração milenar lhe proporcionou, por uma razão misteriosa que ate o momento não tem apresentado uma explicação plena, habilidades e conhecimentos, assim como faculdades de crescimento e desenvolvimento, superiores às dos demais seres vivos.

Seguramente os acontecimentos mais importantes desse período, denominado de paleolítico[1], e que teve uma duração de milhares de anos, foi, na fase final do mesmo, a descoberta e o controle do fogo, a fabricação de instrumentos de pedra rudimentares para caça e  proteção e os primeiros sinais de linguagem e da escrita.

O Período Neolítico - A Revolução Agrícola[2]

Em algum momento da historia há uns dez mil anos atrás, o homem iniciou um processo de mudança de comportamento, abandonando o nomadismo e tornando-se sedentário.

A descoberta, seguramente por acaso, de que era possível produzir e obter alimento através da disseminação de sementes na terra, lhe possibilitou fixar a permanência do seu grupo social num mesmo local, por maior espaço de tempo, assim como armazenar e controlar comida, construir moradias mais confortáveis e seguras e domesticar plantas e animais.

A Revolução Agrícola, durante o período neolítico, teve uma duração de entre sete e dez mil anos e foi decisivo para o homem se estabelecer de forma permanente em territórios fixos, descobrindo também novos recursos naturais e minerais, com os quais fabricou utensílios de grande utilidade para a sua vida.

O sedentarismo, por outro lado, fez crescer a população e deu lugar à formação de novos grupos de corte familiar e heterogêneo, em estruturas incipientes de organização social, iniciando-se assim a distribuição e divisão do trabalho entre seus componentes. É aqui que se encontra, seguramente, a semente de formas de agrupamentos populacionais que ao longo dos séculos vieram a formar aldeias, cidades e maiores conglomerados urbanos.

A Revolução Industrial

A Revolução industrial é a seguinte etapa importante na história da humanidade.
(Continuará)




[1] O termo Paleolítico foi empregado pela primeira vez pelo historiador John Lubbock
[2] Denominação criada pelo arqueólogo australiano Gordon Childe

sábado, 22 de novembro de 2014

REFLEXÕES SOBRE UMA EXPERIÊNCIA DE DI BEM SUCEDIDA


O DI em foco

“O Desenvolvimento Organizacional (D.O.) é uma resposta à mudança, uma complexa estratégia educacional que tem por finalidade mudar as crenças, as atitudes, os valores e a estrutura de organizações, de modo que elas possam melhor se adaptar aos novos mercados, tecnologias e desafios e ao próprio ritmo vertiginoso de mudança”.

WARREN BENNIS

“Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente; é o que melhor se adapta à mudança” (Charles Darwin).

Os tempos são de mudança. Mudança radical de estruturas, conceitos, paradigmas e valores. Mudança provocada, em primeira instancia, pela explosão do conhecimento e da tecnologia e, num segundo momento, pela revolução da informação e a globalização da economia.

Entidades sociais, empresas, instituições públicas e privadas de todo ordem se vem, da noite para o dia, enfrentando situações não necessariamente planejadas ou, de alguma forma previstas, colocando em risco a sua capacidade de cumprir e atender, adequadamente, as constantes novas demandas de clientes, público e sociedade em geral.

Para as empresas e negócios privados, a ameaça se traduz em perda de lucratividade e competitividade, em suma, a falência e o desaparecimento. Para as entidades públicas, os riscos e problemas são de atraso e obsolescência, com a perda de sua capacidade de dar oportuna e satisfatória resposta às próprias exigências da sociedade, tornando-se assim, inúteis e onerosas.

No âmbito individual, a necessidade é de atualização e desenvolvimento profissional, como única saída para o ostracismo, a falta de emprego e de futuro.

O presente artigo trata de  uma experiência extraordinária realizada no âmbito da industria automobilística, setor industrial de primeira linha, num momento de grande perturbação mundial, em circunstâncias das mais adversas possíveis e que deu, definitivamente, certo.

É um exemplo de visão, determinação, perseverança, profissionalismo e competência, que deve ser considerado e levado em conta por todos aqueles que sempre estão na procura ou, pelo menos, na espera de um momento mais favorável para intentar qualquer coisa que seja. Exemplo que nos leva a pensar que nunca é muito cedo ou muito tarde para iniciar ou levar adiante qualquer esforço no sentido de melhoria de nosso trabalho, de nossa empresa ou de nosso futuro profissional. É mudar ou... Mudar!

Vejamos de que se trata.

ALFRED SLOAN JR., foi conduzido à presidencia da General Motors no período compreendido entre 1923 e 1937.

Sloan se tornou famoso e ganhou notoriedade na história da administração moderna por sua atuação à frente daquela Empresa nos passados tempos do início do século XX em meio a situações verdadeiramente difíceis, por ter conduzido à empresa de uma situação praticamente pré-falimentar a níveis espetaculares de desenvolvimento industrial e econômico com uma gestão administrativa criativa e impecável.

Entre outras medidas, logo que assumiu a presidência da Empresa, criou as famosas estruturas que ele chamou de divisões corporativas com a missão de dar suporte à produção, prover recursos financeiros, reestruturar as fábricas, diversificar a produção e especializar a mão de obra. A organização sob seu comando passou a trabalhar por objetivos, orçamentos, relatórios de vendas, sistemas de contratação e outras medidas de corte organizacional, praticamente inexistentes no âmbito empresarial e industrial da época.

Durante seus 23 anos como chief executive officer (ceo), a General Motors viveu um período de grande expansão e liderança no mercado de automóveis dos EEUU.

Hoje em dia é usual encontrar especialistas que afirmam que a experiência de Sloan na GM, pertence a uma época cujas condições e paradigmas no campo da gestão empresarial e dos negócios não existem mais, principalmente, nesta era de globalização e de “nova economia”.

Não é bem assim. Certamente os tempos mudaram e a forma de fazer e levar adiante os negócios também, mas acreditamos que, precisamente, a falta de aplicação de muitos dos princípios, técnicas, práticas e valores de gestão empresarial como os utilizados, de forma consciente, ou até, inconsciente pelo disciplinado e aplicado Sloan, estão por trás dos fracassos de muitas empresas na atualidade.

No momento, a GM continua a ser uma das maiores companhias fabricantes de automóveis do mundo, sendo que a posição que ainda mantém é, sem dúvida, uma prova cabal de que as bases de sustentação da empresa e o seu processo de desenvolvimento, foram solidamente estabelecidos a partir das estratégias e conceitos utilizados pelo genial Loan.

Robert Blake e Jane Srygley Mouton da Scientific Methods, Inc., no seu trabalho “Sloan e a Ciência do Comportamento aplicada ao Desenvolvimento Organizacional”, fazem uma analise criteriosa da labor de Loan  através da leitura do livro Minha Vida na General Motors  e acreditam ver,  na atuação do brilhante gerente e diretor da GM, a aplicação de princípios provindos, notadamente, das ciências do comportamento. O trabalho de Loan pode ser considerado, inclusive, um aporte e uma contribuição valiosa para esta importante área do conhecimento, uma vez que, como se sabe, muitos dos conceitos utilizados por ele naquela época, ainda não formavam parte do arsenal teórico destas ciências, tal como se conhecem hoje em dia.

O interessante estudo de Blake e Moutom se desenvolve em torno de 20 temas chave presentes nas entrelinhas do livro de Loan, mencionado: mudança, cognição, comunicação, conformidade e independência, controle e liberdade, conflito, crítica, tomada de decisão, experimentação, liderança, metas e objetivos, relações intergrupais, mensuração, normas e padrões, participação, percepção, grupos de referência, trabalho em equipe e valores.

Levando em conta o objetivo de nosso presente trabalho, escolhemos apenas alguns dos conceitos apontados para a montagem e sustentação de nossa argumentação, por considerá-los totalmente em consonância com a orientação da filosofia de Desenvolvimento Institucional que professamos e a qual, acreditamos, é fundamental para a gestão dos negócios no momento atual e, em especial, no âmbito dos serviços públicos, problemática complexa que constitui uma dor de cabeça dentro das políticas públicas de governo, nos diferentes países.

Os conceitos que nos parece ser da maior importância dentre os indicados e sobre os quais iremos a fundamentar nossa análise, são os seguintes: mudança, inovação, organização e estrutura, visão sistêmica e planejamento, trabalho em equipe.*    

Mudança

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia...
Tudo passa, tudo sempre passará...

“Como uma Onda”, Lulu Santos.

Quando se fala sobre primeiro conceito, a primeira coisa que vem à cabeça dos estudiosos das ciências do comportamento é o conhecido fenômeno da “resistência à mudança”. Uma atitude que provém do temor que as pessoas sentem de introduzir algum tipo de mudança na sua rotina de vida já seja no trabalho, nas relações com as outras pessoas ou, até na intimidade de seu próprio lar.

 Kotter (1997) alerta que as atitudes de resistência às mudanças podem estar localizadas de forma individual, mas que isto é, muitas vezes mais provável de se encontrar nos grupos, ou seja, as resistências podem estar localizadas em departamentos ou grupos de pessoas que temem perder status ou poder.

Esse sentimento de medo que pode acontecer, como já se disse, de forma individual ou coletiva no âmbito de grupos, associações, instituições ou empresas, pode-se converter num verdadeiro obstáculo para qualquer esforço para induzir ou introduzir mudanças numa organização e afetar seus resultados. Qualquer especialista com alguma experiência em matéria de trabalhos de desenvolvimento institucional sabe do que estamos falando.

O pensamento de Loan, neste aspecto, esteve orientado pelos conceitos de evolução e de interação empresa-mercado (meio ambiente, entorno) e não apenas de adaptação passiva.  Ele mudou a filosofia de atuação da GM no sentido de tentar influenciar e até “modelar” o próprio mercado. E pode-se afirmar que o conseguiu.

Da época de Adam Smith vem a ideia convertida, com o passar do tempo, em premissa, que a divisão do trabalho e a especialização do trabalhador são, necessariamente, a fonte da produtividade e, por conseguinte, do ganho e do lucro.

Com o avanço da revolução industrial e o advento das grandes empresas e corporações da nova época capitalista, foi-se consolidando esse critério acreditando-se, por outro lado, que era muito mais eficiente a produção padronizada, em serie, de bens e serviços, que aquele velho tipo de trabalho artesanal, individualizado, no qual cada artigo resultava diferente ao anterior.

Um dos expoentes de maior expressão dessa filosofia foi o lendário Henry Ford, quem chegou a afirmar que era possível uma pessoa comprar um Ford em qualquer cor, “contanto que fosse a preta”.

E foi, precisamente, neste ponto, onde a GM mostrou a sua condição de liderança no contexto empresarial da época. A Empresa passou a oferecer uma gama diversificada de produtos: Chevrolet, Pontiac, Oldsmobile, Buick e o luxuoso Cadillac, como uma forma de estimular o gosto dos clientes com artigos que, de certa maneira, poderia representar um nível de individualidade e exclusividade. O que, sem dúvida, constitui outra grande diferença com a filosofia de Ford de oferecer ao consumidor um único produto, como uma única escolha: “Leve-o ou volte a pé!”.

Todavia, mudanças pequenas, mas graduais, eram introduzidas nos diferentes modelos ano após ano, dirigidas a equilibrar o interesse econômico da empresa e ao mesmo tempo estimular os consumidores pelas “coisas novas”, cuidando de não romper de forma radical com o inegável grau de conservadorismo existente nas pessoas. Produzia-se assim, o “modelo do ano” com pequenas mudanças, numa evolução gradual dos modelos, deixando as mudanças maiores para depois de um determinado período, que poderia ser de vários anos, após o lançamento do modelo original.

Os autores sustentam que, neste ponto, Loan “levou em consideração a resistência à mudança e a relação que observou entre a indisponibilidade para mudança e o sucesso empresarial. Neste aspecto, ele afirmara que um problema importante de liderança na empresa era evitar a acomodação, a complacência e outras atitudes que costumam acompanhar o sucesso” e, agregamos, a paralisia que, a longo prazo levam inexoravelmente, ao fracasso.

Essa visão de negócio e política de marketing funcionou como dizemos antes, à perfeição, e a Empresa renasceu como uma ave Fênix, das cinzas, traz sucessivos e persistentes fracassos ano após ano, durante um longo período, o que levou a temer por sua falência e desaparecimento do cenário industrial.

Inovação

A principal arma de Sloan na General Motors, foi a sua capacidade de perceber a relação direta existente entre os problemas da empresa e as mudanças que estavam acontecendo no ambiente, principalmente, no seio da própria sociedade. Mas, por outro lado, também é importante destacar a coragem de introduzir, no âmbito das operações tecnológicas e de gestão em geral da Empresa, as grandes inovações que permitiriam a esta atingir novos patamares, numa total e radical ruptura com o que a empresa representava até então.

Mas, no final, qual é ou tem sido a fonte ou a força que vem impulsionando e continua a impulsionar as radicais e dramáticas mudanças no mundo atual e no seio de nossa civilização, capazes, até, de ameaçar a estabilidade de organizações, empresas, governos e países?

Para melhor responder esta pergunta talvez fosse oportuno lembrar que, no passado, a riqueza das nações media-se pelo poder de produção agrícola, a grandeza dos rebanhos ou a quantidade de metais e minerais preciosos extraída das jazidas. A partir da revolução industrial, a riqueza das nações passou a ser medida pelas quantidades de produto ou artigos que as fábricas e manufaturas eram capazes de produzir: unidades de veículos, automóveis, toneladas de aço, metros de tecido, etc.

Hoje em dia, porém, não é apenas a quantidade de matéria prima o de mão de obra envolvido ou o volume da produção obtido, que determina a riqueza de um país. Agora, e  cada vez mais, o fator predominante vem a ser o nível de conhecimento e/ou de tecnologia incorporado aos processos e produtos.

No caso da produção agrícola, por exemplo, vemos como, com uma reduzida quantidade de mão de obra e, ainda, numa menor área cultivada, os atuais produtores são capazes de obter grandes e maiores colheitas, graças ao uso de nova e mais avançada maquinaria, às técnicas de manipulação genética de sementes e ao uso de recursos e descobertas científicas no campo da adubação, combate a pragas e outros.

Analisando os aspectos mencionados é possível concluir que, de forma direta ou indireta, a tecnologia tem sido, certamente, a principal causa por trás das grandes e principais mudanças acontecidas no mundo e na sociedade. Segundo Toffler as mudanças rápidas e maciças baseadas, principalmente, na alta tecnologia e na revolução da informação estão, na realidade, criando novas formas de organização e, até, uma nova civilização. Todavia, porém, é conveniente considerar que, definitivamente, a tecnologia não é a única fonte de mudanças.

Dois outros fatores se apresentam, nos tempos modernos, como importantes promotores de mudanças no contexto social, tanto na vida privada como no mundo empresarial e dos negócios: a defesa do consumidor e a qualidade de vida ou, de outra forma, o desenvolvimento sustentado.

Em nenhuma outra época se tem dado tanta importância ao fenômeno conhecido como “o consumidor”. A Defesa do Consumidor está em todas partes e mexe com, praticamente, tudo: serviços, comercio, industria, política, etc., etc., etc. A defesa do consumidor, inclusive, condiciona, ou redireciona, em determinados momentos, o próprio avanço da tecnologia e sua utilização.

Porém, é bom considerar, que a defesa do consumidor é um fenômeno complexo e não apresenta, necessariamente, uma conotação apenas econômica do problema como muitas vezes o governo, políticos e algumas empresas, pretendem.

O outro fator de importância capital para o desenvolvimento na vida atual é o que chamamos, anteriormente, de desenvolvimento sustentado, onde a preocupação com o meio ambiente estabelece parâmetros, valores e comportamentos que, em conjunto, configuram aquilo que chamamos de qualidade de vida.

Estamos assim diante de uma concepção de desenvolvimento e avanço econômico obtido através da utilização de novos conhecimentos e de nova tecnologia, resultantes da aplicação de um processo mental, exclusivo do homem, denominado inovação.[1]

Neste particular ponto de vista, acreditamos que também é importante não confundir o conceito de tecnologia apenas com equipamentos, maquinarias e outros instrumentos. Na realidade, a tecnologia é, para nossos propósitos, tanto os próprios equipamentos como qualquer mudança na operação ou metodologia de trabalho que facilite a solução de qualquer problema ou leve à obtenção de melhorias. 

Dessa forma, mudanças, mesmo que pequenas introduzidas em operações simples ou metodologias, por uma pessoa ou operador aplicado, com a finalidade de obter ganhos qualitativos ou de incremento da produtividade, são por nos, consideradas como inovações tecnológicas.

Quiçá o exemplo mais rudimentar e singelo sobre o tema da inovação é comentado por Adam Smith, na sua obra “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”. Smith nos conta: “As primeiras máquinas a vapor eram vigiadas por rapazes que abriam e fechavam alternadamente a comunicação entre a caldeira e o cilindro, conforme o pistão subia ou descia. Um desses rapazes, que gostava de brincar com os seus companheiros, verificou que, atando um cordel desde a extremidade da válvula à portinhola que estabelecia a comunicação com a outra parte da máquina, a válvula podia abrir-se e fechar-se sem a sua intervenção; isto o deixava livre para brincar com os seus amigos. Um dos mais importantes progressos da maquina a vapor, desde que foi inventada ficou, portanto, a dever-se a um rapaz que queria brincar com os seus companheiros e para consegui-lo necessitava reduzir o seu trabalho”.

Voltando ao objeto de nosso trabalho, logo após esse longo preâmbulo conceitual, podemos afirmar que, na caminhada de Alfred P. Loan, encontramos evidencias de importantes inovações introduzidas por ele no âmbito de aspectos de gestão da GM. Mudanças introduzidas em campos tão diferenciados como, por exemplo, a estrutura organizacional da empresa, ate a implementação de melhorias e aperfeiçoamentos nos elementos puramente mecânicos de funcionalidade dos produtos, passando por processos de planejamento, determinação de objetivos e metas, analise e resolução de problemas, direção de pessoal e outros.

Entre as principais medidas ou inovações adotadas pela GM, no campo tecnológico na construção de seus produtos, encontramos, por exemplo, a organização de centros dedicados à experimentação, entre estes, campos de provas, projetos-piloto, laboratórios especializados e outros, que foram implementados para medir a qualidade dos carros e sua aceitação pelo público consumidor. Foi estabelecido, igualmente, um controle da produção de curto prazo, um verdadeiro sistema de feedback, de dez dias, para os representantes e distribuidoras da GM, o qual permitia ajustes na programação da produção de acordo com as condições prevalecentes, no momento, no mercado. Hoje em dia, este tipo de medidas é usual entre as grandes empresas, em âmbito mundial.

Do ponto de vista da gestão, as maiores inovações na condução dos negócios foram implementadas nos pontos citados anteriormente, no início do presente trabalho, e que se comentam a seguir. 

Organização e Estrutura

Até há pouco tempo atrás, as empresas eram organizadas de acordo com uma visão que poderíamos considerar lógica e totalmente previsível, conforme determinados paradigmas, comumente aceitos, em matéria de gestão industrial e de negócios.

Acreditava-se, por exemplo, que o maior êxito e, por conseguinte, a maior lucratividade da empresa, tinha relação direta com seu tamanho, isto é, quanto maior, melhor. Que a produção padronizada de bens e serviços que resultava em produtos igualmente padronizados, era mais eficiente e lucrativa que a produção artesanal individualizada, que resultava em produtos diferentes uns dos outros. Que o avanço da tecnologia garante a padronização mais eficaz e “sem erros”. Que o trabalho deveria ser repetitivo, rotineiro e padronizado. Que era mais eficiente a organização em que cada empregado cumpre uma função fixa, permanente e claramente definida dentro da hierarquia, seguindo orientações e decisões padronizadas.

Todos estes conceitos levaram à manutenção de um tipo de organização e estrutura onde a cada problema ou tipo de atividade corresponde uma unidade orgânica relacionada, isto é, finanças, produção, suprimentos, etc., quer dizer, hierarquias verticais, rígidas, nas quais as ordens fluem de acima abaixo através das diversas linhas de comando.

De alguma forma, este enfoque se justificava pela existência de um ambiente externo relativamente estável, com pouca pressão de um público e de uma sociedade que apresentavam um comportamento igualmente estável, previsível e, ate certo ponto, padronizado.

Loan enfrentou na GM os problemas inerentes a toda organização, relacionados com o dilema gerencial de controle e/ou autonomia, centralização e/ou delegação, tendo, aparentemente, chegado à conclusão de que, em termos empresariais o todo é diferente e maior que à simples soma das partes.

Todavia, analisando a problemática das relações internas e seus conflitos e contradições, Loan imaginou a implantação de uma administração central, responsável pela definição de políticas e diretrizes, e, num outro plano, divisões ou núcleos operacionais, independentes e, ainda, separados, porém integrados, responsáveis pela sua aplicação.

Sobre este ponto é necessário, apenas, comentar, que descobertas posteriores no âmbito das ciências do comportamento, indicam que maiores benefícios e melhores resultados são obtidos mediante a participação e comprometimento de todos os envolvidos, tanto na definição das políticas e diretrizes maiores do negócio como no seu posterior execução.

Finalmente, sobre este ponto, queremos, também, lembrar e destacar, que existe um conjunto de princípios básicos de organização e gestão, cuja não observância põe em risco a eficiência e eficácia dos resultados. São princípios antigos, que vem dos primórdios da ciência (ou arte) administrativa e que, surpreendentemente, dificilmente são encontrados nas empresas, negócios e, muito menos, na condução da coisa pública, nos âmbitos de governo.

Os princípios a que nos referimos têm a ver com valores tais como os de participação, compromisso com os resultados, autonomia, tomada de decisões, liberdade e eficácia operacional, coordenação, descentralização, colocação da decisão perto dos problemas, etc., etc. e os quais, sem exceção, devem orientar a concepção e desenho da organização e estrutura de uma empresa ou entidade, seja no âmbito público ou privado.

Visão Sistêmica e Planejamento

Todo esforço de mudança envolve um esforço de planejamento. E todo esforço de planejamento se inicia com uma analise retrospectiva, situacional e prospectiva do desempenho da empresa diante do entorno e do mercado. Existe uma grande quantidade de metodologias utilizadas neste tipo de análise básico, inicial, normalmente chamado de diagnóstico. È, realmente, um trabalho decisivo.

O importante neste caso é, sem dúvida, o enfoque que se dá a este tipo de analise. Em geral, mesmo sob a orientação de reconhecidos consultores e “experts”, os gerentes ou dirigentes, tendem a procurar a estudar os problemas e procurar, as correspondentes soluções, de forma individualizada, como se cada um desses problemas fosse um fenômeno único, sem nenhuma relação com os demais.

Loan, como comentamos antes, teve a percepção até certo ponto intuitiva, da relação existente entre o todo e as partes. Isto lhe permitiu tomar decisões e aplicar medidas que, por sua vez, lhe permitiram enfrentar e resolver com êxito, as aparentes contradições e conflitos resultantes da luta de interesses interdivisionais, das principais áreas da empresa, por recursos limitados.

Sua grande contribuição ao estudo deste tipo de problemas se encontra, precisamente, na compreensão de que não existe, em termos de gestão de negócios, decisão ou ação relacionada com área ou problema específico, que não afete direta ou indiretamente, todas as demais áreas e a organização como um todo, de cima abaixo, de direita à esquerda, em todos os sentidos, da estrutura.

Acreditamos que Loan vislumbrou o que posteriormente viria a ser conhecido como a conceição sistêmica das organizações. Uma aplicação da teoria dos sistemas à analise organizacional, segundo a qual, a empresa é um sistema, composto por subsistemas ou sistemas menores, inserido em um ou vários sistemas maiores, correspondentes ao entorno e o meio ambiente, dentro dos quais funciona.

No campo específico do planejamento, o enfoque sistêmico facilitou o estabelecimento de objetivos e metas, bem como a adoção de medidas padrão de desempenho, de forma consensual entra toda a organização e, não apenas, resultantes de diretrizes fixadas unilateralmente, pelo Diretor Geral e seu staff de assessores ou gerentes.

Por outro lado, o processo, através do qual, os objetivos de uns se constituem nos insumos e imputs de outros, foi, sem duvida, a melhor forma encontrada por Loan, para distribuir os recursos, com base em prioridades estabelecidas a partir de critérios objetivos é, sobretudo, mensuráveis, o que eliminava toda e qualquer analise puramente subjetiva dos problemas.

Trabalho em Equipe

Naturalmente que, para a obtenção de resultados satisfatórios é absolutamente necessário que exista um verdadeiro trabalho em equipe. Neste campo, Loan falava em termos de “espírito de trabalho em conjunto” e, para tanto, valeu-se da implementação de comitês interdivisionais e outros recursos associativos entre empregados das diversas áreas da Empresa.

Neste sentido, também foi muito importante a implantação de políticas de incentivo, notadamente, no salário. O sistema de salários da GM tinha uma configuração de variação aritmética, mas, paralelamente, foi estabelecido um plano de bonificações que obedecia à avaliação do desempenho do indivíduo e a qualidade e natureza de sua contribuição aos objetivos e resultados da empresa.

A existência do elemento quantitativo de metas e resultados favoreceu e facilitou a aplicação da política salarial da empresa, na qual, como foi constatado na prática, qualquer empregado podia avaliar seu desempenho individual, bem como os resultados coletivos de sua área de atuação.

Conclusões

A experiência de Alfred P. Sloan, à frente da Empresa, na época dos anos vinte do século passado, merece todo o destaque e reconhecimento pelo pioneirismo no campo da gestão empresarial em geral e do Desenvolvimento Organizacional / Institucional, em particular, um movimento que nasceu quarenta mais tarde, com uma visão científica sobre o comportamento do homem e das instituições e empresas, em tempos de grandes mudanças na sociedade.

Loan foi visionário, intuitivo, mas, sobre tudo, determinado e consistente na sua caminhada na procura do que considerava certo e melhor para a Empresa.

Toda a sua rica experiência pode ser encontrada no seu único livro “Minha Vida na General Motors” sobre o qual Bill Gates nos disse: “é provavelmente a melhor opção se você ler apenas um livro sobre administração”.

Certamente, existem outros elementos e conceitos importantes que poderiam ser analisados no contexto do presente tema. Mas um detalhamento maior do mesmo nos levaria a um texto de maior fôlego que foge ao propósito do nosso Blog.








* Os nomes dos temas foram mudados e adaptados a uma linguagem que consideramos  mais atual, utilizada no âmbito do Desenvolvimento Institucional.
[1] Inovar: tornar novo, renovar, introduzir novidade. Dicionário Aurélio.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A RESISTÊNCIA À MUDANÇA



Francisco Lima Aguilar

Um dos maiores problemas que os países chamados emergentes, de terceiro mundo ou em desenvolvimento enfrentam nos dias de hoje, é o imenso vácuo existente entre o modelo de Estado e de organização administrativa pública vigente nestes países, e as necessidades de mudanças estruturais exigidas pelo processo de interação e integração com uma realidade e com um mundo externo cada vez mais cambiante e dinâmico, com o qual, para bem ou para mal, temos que conviver.

Nossos países vêm sendo atropelados, no seu dia a dia, pela velocidade dos acontecimentos provocados mundo fora pela revolução da informação, o avanço da tecnologia e a globalização. É uma situação que vem criando grandes conflitos nos campos político, social e econômico pelas dificuldades que temos para nos adaptar ás novas situações. Em que pese aos esforços realizados, pouco conseguimos progredir e nossos países continuam a sofrer as mazelas do atraso como o desemprego, a pobreza, e, em muitos casos, até com a fome e com doenças que há muito tempo deveriam ter sido controladas.

O pior de tudo é a desesperança e a falta de perspectivas. As pessoas não conseguem ver de que forma podem melhorar e sair de uma crise que se torna cada vez mais permanente, assumindo contornos endêmicos, por que se apresenta recorrente, parecendo que chegou para ficar.[1]
Mais de trinta anos atrás Alvin Toffler alertava para este fenômeno cujos sinais, já nessa época, eram cada vez mais claros, ainda que, naquele momento, os países, empresas, governos, políticos e o comum das pessoas, não o estavam percebendo.

Nos seus livros O Choque do Futuro, A terceira Onda e outros mais recentes, o reconhecido autor, nos comenta acerca das mudanças radicais acontecidas nas condições de vida da humanidade nessas últimas décadas, e de como isso afeta as pessoas provocando grande estresse e resistência.

Nada reflete melhor esta nossa frustração e medo perante o novo, que algumas das crônicas do notável escritor, Luis Fernando Veríssimo[2]. En uma delas, falando sobre o jogo de xadrez acontecido em uma ocasião entre Kasparov e o computador, o escritor nos da um engraçado exemplo deste fenômeno inquestionável, quando nos diz: “Outra razão para torcer pelo computador contra o homem é que os computadores devem ser encorajados a se dedicar à inutilidade e deixar as linhas de montagem, onde roubam empregos dos homens”. E completa “Mas enquanto os humilham no inútil, os computadores devem recolher seus robôs e devolver as tarefas que roubaram do homem. Concedemos a eles todas as glorias intelectuais para ter nossos empregos de volta”.

Em outra de suas crônicas, Veríssimo fala do constrangimento das pessoas diante uma secretaria eletrônica, numa situação realmente desconcertante: “O teste definitivo para você saber se está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina?”.[3]

De outro ângulo, Toffler nos informa que, a situação evoluiu tanto que, nos dias de hoje, numa dúzia de países de maior importância, a agricultura passou a empregar menos de 15 % da população economicamente ativa. Nos Estados Unidos, cujas fazendas alimentam mais de 200.000.000 de americanos e ainda, o equivalente a outros tantos 200.000.000 em todo mundo, esta cifra fica ainda abaixo de 6 % e diminui cada vez mais. Quer dizer que houve uma migração imensa de mão de obra do campo para a cidade, na procura de emprego na atividade industrial.

Mas as coisas não pararam por aí e, a seguir, testemunhamos como, a partir dos anos sessenta, o 50 % da força de trabalho urbana, nos Estados Unidos, abandonou as fábricas e o trabalho braçal para trabalhar em negócios, administração pública, comunicações, educação, pesquisa e outras atividades. Começava assim a tal economia de serviços.

Diante da percepção de mudanças dessa ordem, o que fazer? Nossos sistemas de educação e ensino, de saúde e de segurança, estão realmente adequados para enfrentar as novas realidades e os novos desafios nos campos do conhecimento e desenvolvimento tecnológico e social?

Podemos, por exemplo, competir em igualdade de condições, nos negócios, nas exportações, no intercambio comercial, em geral, quando nossos portos e aeroportos são inadequados, estão obsoletos ou trabalham de forma ineficiente, não temos estradas suficientes ou estão esburacadas, a nossa legislação está ultrapassada, a nossa burocracia é imensa etc., etc., etc?

As pessoas entendem o que é déficit fiscal, superávit primário? O que é a inflação e como acontece? Como estes conceitos ou fenômenos afetam nossa vida?

A administração dos serviços públicos deve estar a cargo do Estado ou existe espaço para a participação do setor privado?

Estas e outras indagações parecem estar sem resposta.

Entendemos que a informação, a divulgação, o esclarecimento, a educação e o debate permanente sobre temas como os citados, são recursos importantes para contribuir para a orientação das pessoas sobre as questões que vem afetando das mais diversas formas nossa vida pessoal, profissional e familiar e, de maneira geral, o país.

Entretanto existe, a nosso ver, um evidente vazio entre os meios de divulgação e de informação existentes hoje em dia. E uma carência importante e, sem dúvida devemos fazer algo ao respeito.

Acreditamos que é aqui que se encontra o foco de nosso trabalho: a informação, o esclarecimento a orientação e o debate, sobre o problema da gestão do tipo público ou privado e suas fronteiras, e a relação de tudo isto com o desenvolvimento institucional, econômico e social. A informação tratada com profissionalismo e competência sobre um tema que ainda mantém áreas obscuras e desconhecidas para a maioria das pessoas.

Nossa Visão


Ser um centro de referencia da mais alta qualificação para a divulgação do conhecimento moderno sobre a gestão pública, no Brasil e demais paises da América Latina e o Caribe.

Nossa Missão


Atuar como veiculo de informação, educação e orientação sobre a gestão dos assuntos públicos e privados e  o seu papel para o desenvolvimento. Fazer isto revolucionando a forma, o conteúdo e a linguagem no trato desses assuntos, de forma a promover e estimular o debate público, mantendo uma atitude isenta, profissional e transparente frente à população.





[1] Praticamente todos os países da região de América Latina, com destaque para Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Uruguai e Perú, têm apresentado momentos graves de convulsão social. México e Chile (melhor este último) são à exceção à regra, o mesmo que o Brasil que, apesar da crise, não tem, ate o momento, sofrido manifestações de revolta popular em grande escala, más enfrenta uma violência criminal sem precedentes.
[2] Novas Comédias da Vida Pública. A Versão dos Afogados. L&PM, 1997.
[3] Obra citada.

sábado, 8 de novembro de 2014

Desenvolvimento Institucional o Blog

O trabalho que agora se inicia tem como objetivo apresentar uma visão geral sobre temas relacionados com a gestão empresarial privada e institucional pública dos países de América Latina, com foco preponderante no setor de serviços e ênfase no meio ambiente e a saúde.

A ideia é a de estimular e promover a análise, o estudo e o debate, entre os eventuais participantes deste Blog, acerca do estado da arte, problemas, soluções, perspectivas e tendências nestes importantes campos, sem dúvida essenciais para o desenvolvimento econômico e social dos países.

O posicionamento e a sustentação técnica e informativa dos conceitos e opiniões vertidos no presente espaço pelo titular do Blog, são o fruto da experiência em trabalhos de consultoria, pesquisa e intercambio realizados no âmbito de ações de cooperação técnica com entidades nacionais e internacionais (Banco Mundial OPS/OMS, FAO, UNICEF e outros), em praticamente todos os países de América Latina, principalmente no Brasil, neste caso, na implantação do PLANASA – Plano Nacional de Saneamento, na Década dos anos setenta.