segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A Revolução Industrial - Consequências


Uma reflexão introdutória

Não é pretensão de este blog estender-se em relatos e explicações acerca de temas sobre os quais, sabidamente, existe muitíssima literatura, inclusive,  de autores consagrados e de reconhecimento mundial.

Consideramos importante, entretanto, focar determinados aspectos que, de uma ou outra forma, influenciaram e continuam a influenciar nos dias de hoje, instituições públicas e privadas dos países em desenvolvimento, principalmente no campo da administração, para os efeitos de analisar e avaliar, entre outras coisas, ate que ponto as experiências foráneas tem sido, ou não, devidamente adaptadas às nossas condições e idiossincrasia, assim como devidamente aproveitadas.

Voltando ao tema sobre as consequências da Revolução Industrial afirmamos que, sem dúvida, foi a fonte e origem das grandes transformações que iriam a ditar o rumo da civilização nos campos tecnológico, econômico, político e social.

Entre as consequências mais importantes desta nova era podemos citar:

Ø A criação das fábricas com a transferência da atividade artesanal para a fabril.
Ø O surgimento de uma nova mão de obra com a migração da população do campo para a cidade.
Ø A mudança das condições de trabalho.
Ø O incremento exponencial da produtividade pelo uso das máquinas e a consolidação do conceito da divisão do trabalho.
Ø A disseminação do movimento revolucionário da industrialização entre outros países de Europa e, ainda, nos Estados Unidos de América.
Ø O incremento mundial das atividades comerciais entre os países.
Ø O enriquecimento de pessoas (notadamente novos empresários e capitalistas) e países.
Ø A criação de novas formas de gestão de negócios e empresarial.

Mas, sem dúvida, o maior efeito e, quiçá, o mais importante efeito de todo este processo histórico conhecido como Revolução Industrial foi, a nosso ver, o de abrir as portas para a liberalização do todo um potencial, de toda uma força, e de toda uma capacidade criativa do homem, adormecidos durante milênios, e que acordou definitivamente para orientar à humanidade para rumos, agora, imprevisíveis, nas asas da inteligência e do conhecimento.




segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A Revolução Industrial

Da economia rural à economia das máquinas

Existe unanimidade, entre os meios acadêmicos, acerca de que o processo social, econômico, e, sobretudo, tecnológico, conhecido como a Revolução Industrial, se iniciou na Inglaterra na segunda metade do século XVIII.
  
 Até aquele momento e durante séculos a vida da maioria das pessoas naquele país,  transcorria num ambiente tipicamente rural e se resumia à luta do dia a dia pela obtenção de seu alimento, roupa e moradia.

Tudo era obtido do aproveitamento dos recursos naturais: do cultivo da terra, da carne e da pele de animais, no caso, principalmente da lã e de fibras vegetais, e, por fim, da madeira de florestas ou pedreiras, utilizadas para a construção de suas casas.

Com o decorrer do tempo a paisagem inglesa foi-se modificando e passou a ser formada por aldeias, fazendas e pequenas propriedades rurais, mantendo grandes extensões de pastos sem maior aproveitamento. Todavia, as técnicas de cultivo e de incremento da produção de alimentos, eram rudimentares.

Há uns 250 anos, entretanto, os fazendeiros da era georgiana começaram a mudar esse panorama. O número de habitantes crescia a taxas apreciáveis, para os padrões da época, passando, de 5.500 milhões em 1750 para 16,500 milhões em 1850, o que exigia, sem dúvida, um grande esforço para garantir e dar condições de alimentação para todo esse contingente humano. Dessa forma, pântanos, terras ociosas e florestas foram drenados, limpos e arados, além da introdução de inovações e melhorias no cultivo e na exploração da terra.

Mesmo nesse panorama eminentemente rural, a principal base da prosperidade e da economia da Inglaterra era, e continuou sendo por muito tempo, a manufatura de lã e algodão, tendo na figura do Mestre Tecelão seu grande protagonista.

Esse era o relativamente tranquilo e bucólico ambiente da Inglaterra dos séculos XVII e XVIII, que estava prestes a se transformar em palco da grande e radical mudança econômica e social da humanidade produzida pela introdução de inventos e inovações tecnológicas, daquilo que se convencionou em chamar: A Revolução Industrial.

A Enciclopédia Britânica nos informa que foram três os principais inventos ou inovações que deram partida para esse fantástico fenômeno histórico:
Ø  A máquina de fiar
Ø  O tear mecânico
Ø  O motor a vapor

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Os Caminhos da Humanidade

Desde o inicio dos tempos ate o estágio atual de civilização e desenvolvimento, o homem passou por grandes transformações físicas, mentais e psicológicas que lhe permitiram enfrentar, na sua luta pela supervivência, os enormes desafios que o mundo lhe exigia.

Antropólogos, paleontólogos, arqueólogos, metereólogos, biólogos e outros profissionais e especialistas das mais diversas ciências e ramos do conhecimento, se dedicam à realização de estudos e pesquisas dirigidos a procurar respostas para as  incógnitas e segredos relacionados com a evolução dos seres vivos no planeta, principalmente do ser humano.

Das descobertas obtidas e de sua interpretação se chegou à identificação de três etapas fundamentais e bem definidas que, em geral, resumem e caracterizam a longa caminhada do homem sobre a terra ate os dias de hoje.

O Período Paleolítico

Nos primeiros momentos, na fase mais primitiva de sua existência, na época pré-histórica, o homem, mais orientado pela sua intuição e seus instintos e contando, principalmente, com a sua força física, obtinha sua alimentação e a de sua prole daquilo que a própria natureza lhe oferecia. Era nômade, caçador, pescador, coletor de frutos, vegetais e outros alimentos naturais e tinha seguramente que enfrentar, para sobreviver, inclemências climáticas e fenômenos geológicos extremos e, ainda, se defender de outros animais. Eram, também, os tempos dos movimentos migratórios pela faz da terra.
Essa etapa de duração milenar lhe proporcionou, por uma razão misteriosa que ate o momento não tem apresentado uma explicação plena, habilidades e conhecimentos, assim como faculdades de crescimento e desenvolvimento, superiores às dos demais seres vivos.

Seguramente os acontecimentos mais importantes desse período, denominado de paleolítico[1], e que teve uma duração de milhares de anos, foi, na fase final do mesmo, a descoberta e o controle do fogo, a fabricação de instrumentos de pedra rudimentares para caça e  proteção e os primeiros sinais de linguagem e da escrita.

O Período Neolítico - A Revolução Agrícola[2]

Em algum momento da historia há uns dez mil anos atrás, o homem iniciou um processo de mudança de comportamento, abandonando o nomadismo e tornando-se sedentário.

A descoberta, seguramente por acaso, de que era possível produzir e obter alimento através da disseminação de sementes na terra, lhe possibilitou fixar a permanência do seu grupo social num mesmo local, por maior espaço de tempo, assim como armazenar e controlar comida, construir moradias mais confortáveis e seguras e domesticar plantas e animais.

A Revolução Agrícola, durante o período neolítico, teve uma duração de entre sete e dez mil anos e foi decisivo para o homem se estabelecer de forma permanente em territórios fixos, descobrindo também novos recursos naturais e minerais, com os quais fabricou utensílios de grande utilidade para a sua vida.

O sedentarismo, por outro lado, fez crescer a população e deu lugar à formação de novos grupos de corte familiar e heterogêneo, em estruturas incipientes de organização social, iniciando-se assim a distribuição e divisão do trabalho entre seus componentes. É aqui que se encontra, seguramente, a semente de formas de agrupamentos populacionais que ao longo dos séculos vieram a formar aldeias, cidades e maiores conglomerados urbanos.

A Revolução Industrial

A Revolução industrial é a seguinte etapa importante na história da humanidade.
(Continuará)




[1] O termo Paleolítico foi empregado pela primeira vez pelo historiador John Lubbock
[2] Denominação criada pelo arqueólogo australiano Gordon Childe