Sistema de Informação Gerencial
Um Sistema de Informação
Gerencial pode ser definido como sendo "o processo que engloba, articula e integra todos os sistemas e subsistemas
organizacionais da empresa.
Seu objetivo, é planejar, organizar
e manter uma estrutura administrativa e tecnológica eficiente, com vistas à
produção das informações necessárias para a sustentação dos processos de tomada
de decisões, bem como da execução das correspondentes ações operacionais, em
todos os níveis da organização.
O diagrama em forma de
pirâmide, simboliza o afunilamento existente no fluxo de informações entre os
sistemas administrativos e técnicos da empresa, com diferentes graus de
agregação, desde o nível de transações e de coleta de dados na base das
operações (chão de fábrica), até o mais alto nível de decisões da organização
(alta direção).
Nele, identificados 4 níveis
operacionais e funcionais de uma empresa, onde cada nível de decisão requer um
diferente grau de agregação da informação.
No contexto descrito, se
entende que, para uma decisão classificada como tática, por exemplo, não é
necessário produzir um relatório extenso contendo dados sobre o faturamento
mensal de cada um dos usuários dos serviços, precisando-se apenas, analisar um
resumo dessa informação, detalhado por localidade.
Os subsistemas de decisão são:
Ø De Transações
Ø De Controle
Operacional
Ø De Controle
Gerencial
Ø De Controle
Estratégico
Estes níveis decisórios
correspondem às funções de planejamento nos campos das transações, operacional,
tático e estratégico.
Quanto às funções
organizacionais, são aquelas necessárias para o funcionamento da empresa
distribuídas, segundo a versão sistêmica do SATECIA, nos Sistemas de
Planejamento, Operacional, Comercial, Financeira e Administrativos de Apoio.
Processos do Sistema de Informação Gerencial -
SIG
No sistema de Informação, a
entrada de dados e a saída de informação se realiza através de diversos
processos, explicados a seguir:
Coleta de Dados
A
coleta de dados se ocupa de captar e registrar dados referentes a
acontecimentos que afetam a organização e seu entorno. A função
de coleta, atua como elemento sensorial da organização. (J. C. Emery – 1970).
Os dados se originam em toda a
organização, sendo que, geralmente, as estruturas burocráticas mais baixas são as
que tem a responsabilidade de captação mais intensa e volumosa.
A coleta de dados, se faz em
duas etapas: captação e registro. Constitui
um processo caro e suscetível de erro. Por esse motivo se deve estabelecer
procedimentos que reduzam o volume de dados coletados, entre outras formas, através
de um analise seletivo, por meio de realização de uma análise por amostragem,
aplicado em casos de atividades relativamente repetitivas)
.
Também se deve evitar a
entrada ao sistema das mesmas informações mais de uma vez, para o qual, a
coleta de um determinado tipo de dado, deve ser realizada em um único ponto do
sistema.
Uma última situação a ser
igualmente evitada, é a de predizer dados ao invés de coleta-los, ou seja, utilizando
informações anteriores para estabelecer acontecimentos futuros.
Classificação de Dados
Um dado deve ser registrado, de
forma que permita a fácil recuperação e interpretação da informação nele
contida, para os efeitos de sua incorporação ao sistema.
O propósito da classificação
dos dados, e o de associar um acontecimento a outros, da mesma natureza ou
tema, que apresentam semelhanças significativas. Isto se cumpre utilizando determinados
conceitos denominados critérios ou atributos,
recursos técnicos, importantes para a tomada de decisões. Cada atributo
constitui uma dimensão da etapa de classificação.
Com frequência, os atributos
não são independentes, mas ordenados hierarquicamente. Por exemplo, dados
referentes aos bens patrimoniais poderiam ser classificados da seguinte
maneira:
Ø Ativo
Fixo
Ø Equipamento
Ø Equipamento
de Laboratório
Ø Lâmpadas
As decisões que poderiam ser consideradas
como de “baixo nível” (como é o caso de programação), podem exigir informação sobre as “Lâmpadas”, enquanto que, as de “alto nível”, precisarão informação
sobre Equipamento ou sobre Ativo Fixo. Isto constitui o que caracteriza uma informação
hierarquicamente agregada.
Sem a utilização de atributos,
não haverá forma de obter informação sobre uma determinada dimensão. Para o
caso, se os dados de venda de serviços não são classificados por localidade,
por exemplo, não se terá condições de obter informação coerente sobre a
distribuição geográfica da receita.
Um bom exemplo de
classificação de dados é o Plano de Contas da contabilidade geral, onde os
dados são ordenados seguindo critérios e, principalmente, os atributos de ordem
hierárquico, geográficos e outros.
Compressão de dados
O volume de dados gerados
normalmente é imenso e precisa ser reduzido, a fim de não encher a empresa com
detalhes informativos insignificantes. Se trata, no entanto, de reduzir o
volume sem diminuir o seu conteúdo.
Para isso, existem métodos de
filtragem e de agregação:
·
Filtragem da informação
A experiencia indica que, a
maior quantidade ou massa de dados introduzidos num sistema, tem pouca
importância, e, seu conteúdo, não tem a utilidade suficiente para contribuir,
de uma forma mais efetiva, com as decisões ou processos em andamento na
empresa, o que pode significar que, na realidade, não faz mais que confirmar diagnósticos
e prognósticos anteriores.
Neste caso, se trata de que o
sistema de informação realize uma ação de filtragem dos dados considerados insignificantes
e deixe passar, apenas, as exceções que levem à modificação dos planos em
andamento.
·
Agregação de Dados
A utilidade deste processo, se
encontra na hipótese de que, as dimensões a serem eliminadas, não tem maior
importância para o propósito determinado, mas podem ser consideradas úteis para
outras finalidades. Um exemplo disso seria, a informação sobre controle dos
consumidores dos serviços, na qual, poderiam ter agregados os dados referentes
aos conceitos ligação, categoria e
localidade, omitindo as dimensões relacionadas com o tipo de prédio e
diâmetro da conexão.
·
Arquivo de Dados
O arquivo de Dados, cumpre a
função de memoria e permite que a empresa atue sobre a base de informações
relativa a um período passado, determinado convencionalmente, pela empresa ou
legalmente.
Os diversos arquivos
constituem a “base ou banco de dados”, consistente na soma total da informação,
registrada e guardada a disposição dos diferentes sistemas e subsistemas
empresariais e técnicos, da organização. Para facilitar a recuperação ágil e
oportuna da informação arquivada, a base de dados deve ser estruturada de
maneira que mostre as relações importantes entre os elementos dos dados e a sua
hierarquia.
Um exemplo clássico de banco
de dados é o de Cadastro de Consumidores, onde a modificação de seu conteúdo, é
realizada em forma de transações, que representam a descrição codificada de um
acontecimento externo (como poderia ser a incorporação de um novo consumidor, a
alteração de tarifa, mudança do tipo de utilização de um imóvel e outras
atualizações).
·
Exposição e Saída de Dados
O processo de exposição
consiste na preparação da informação produzida, de forma adequada, para a
compreensão, entendimento e utilização, por parte do receptor ou usuário interessado.
Nem toda informação produzida
é submetida a exposição. Grande parte dela permanece dentro do sistema, com fins
de modificação e atualização da base de dados que, posteriormente, servirão de
insumo para a produção e distribuição de informação agregada, para usuários, tanto
internos como externos.
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