domingo, 22 de julho de 2018

A GESTÃO EMPRESARIAL




 A GESTÃO EMPRESARIAL

A gestão, de cunho empresarial, se entende em contraposição à gestão pública, a qual, entre outras coisas, é caraterizada pela morosidade no atendimento, o formalismo, a normalização excessiva, a papelada e o trâmite sem fim.

Neste aspecto, a criação de entidades com “autonomia administrativa, econômica e financeira”, foi o caminho escolhido, nos diferentes países, para dar solução a problemas institucionais relacionados com as enormes carências no campo, principalmente, dos serviços públicos. Pretendia-se assim, dar maior agilidade na tomada de decisões, eliminar ou diminuir os milhares de controle e trâmites, bem como fugir, da imensa quantidade de leis, regulamentos, estatutos e outros instrumentos próprios do setor burocrático, no âmbito do poder central.

Por outro lado, procurava-se também, promover a gestão profissional, ágil e técnica, na condução dos negócios dessas instituições, evitando a influência política e o corporativismo estatal.

O conceito de Gestão Empresarial, está intimamente vinculado a um conjunto de valores que caracterizam um determinado comportamento ou desempenho, principalmente, de seu corpo gerencial, na condução dos negócios e ação administrativa.
São valores empresariais:

Ø A Eficiência
Ø A Eficácia
Ø A Efetividade / Qualidade
Ø A Produtividade
Ø A Competitividade

As definições a seguir, facilitam a compreensão e o sentido dos conceitos mencionados.

Ø A Eficiência tem a ver com os processos, procedimentos, rotinas, a forma de fazer bem e corretamente as coisas, a maximização da utilização do tempo e dos recursos.

Ø A Eficácia, é o resultado da decisão acertada, a orientação, a direção efetiva das ações, planos e programas, no alcance dos objetivos da empresa. A eficácia, entre outros aspectos, diz respeito ou depende da “estratégia” a ser seguida quanto ao uso do tempo, a alocação dos recursos, enfim, a definição do objetivo, produto ou resultado a ser obtido.

Ø A Efetividade / Qualidade, diz respeito ao resultado que se pretende alcançar na correlação produto-cliente. Em outras palavras, é o critério através do qual, se avalia se o produto atende ou não, as expectativas do cliente, em termos de qualidade e preço.

Ø A Produtividade, constitui o resultado ou a integração dos três conceitos anteriores. Pode ser representada pelos enunciados seguintes:

·        Obtenção de maior quantidade de produto, sem aumento de recursos
·        Obtenção da mesma quantidade, com recursos menores
·        Obtenção de maior quantidade com maiores recursos

A Produtividade, inclusive, vem sendo apontada como a grande responsável pela “nova economia”, onde o conhecimento, a tecnologia e a informação vem produzindo resultados cada vez maiores e melhores, com maior rapidez, com menores custos e sem desperdiço.

Ø A Competitividade, é um valor empresarial, mas, sem dúvida, é também uma “motivação”. A competitividade impulsiona a empresa a ser “cada vez melhor”, no caso, apresentando um produto ou serviço de melhor qualidade que o dos concorrentes, mas também em relação com o aperfeiçoamento permanente de seus processos, com vistas à obtenção de um produto cada vez melhor.

Esses princípios devem nortear o exercício da gestão das empresas, já sejam públicas ou privadas, para garantir seu êxito e, em muitos casos, a sua sobrevivência.

Para tanto, e num sentido mais amplo, se trata de implantar e manter, nas entidades responsáveis pela exploração dos negócios e serviços, uma política ou atitude de mudança, caraterizada pelos seguintes objetivos:

Ø Introduzir na organização e negocio, a cultura da mudança, de forma permanente e global
Ø Incrementar a eficiência e a eficácia da empresa em função de objetivos, resultados e metas quantificáveis.
Ø Incorporar na cultura gerencial e da organização, o espirito de equipe, em contraposição ao individualista, através de da compreensão da empresa como um sistema, formado por elementos e componentes interativos, na procura de objetivos comuns.

As caraterísticas mais importantes do processo de Desenvolvimento Institucional, agora o termo mais na moda é o de Inovação, são:

Ø É um processo dinâmico e permanente, porque se refere à adequação constante da empresa às condições e exigências e mudanças do seu entorno.
Ø É um exercício, essencialmente, de planejamento e não improvisado, porque não é possível, nem conveniente, procurar soluções de todos os problemas de uma só vez e de forma imediata, como se não existisse escala de prioridades ou escassez de recursos.
Ø É um processo global e integrador, porque deve abranger a empresa como um todo e não unicamente um setor, processo ou procedimento.
Ø É um processo que atua de forma global e simultânea, sobre os sistemas empresariais e técnicos, sobre sua estrutura organizacional e, sobretudo, nos recursos humanos visando a compatibilização destes entre si e com os objetivos e metas da empresa.
Ø É um processo dirigido de “cima para baixo”, desde os escalões mais altos da empresa, com dirigentes participantes e comprometidos com os resultados.

De outro ângulo e, em relação com o tema abordado, Peter Drucker[i] nos expressa:

“A inovação é o melhor meio para se preservar e perpetuar a organização, é o alicerce para a segurança e o sucesso no desempenho de cada gestão”. E recomenda:

Ø O abandono sistemático de tudo que estiver desgastado, obsoleto, improdutivo, bem como erros e esforços mal direcionados.

Ø Enfrentar o fato de que todos os atuais produtos, serviços, mercados, canais de distribuição, processos e tecnologias têm vida limitada, habitualmente curta.

Ø Fazer o raio-X da empresa para descobrir o quanto de inovação é requerido, em quais áreas, dentro de quais prazos

Ø Formular um plano empreendedor, com objetivos para a inovação e prazos-limite.


Próximo: Mais sobre Gestão Empresarial - Inovação




[i] DRUCKER, Peter F. – Inovação e Espírito Empreendedor, práticas e princípios.
7ª. Ed. São Paulo, Editora Cengage Learning, 2008


Nenhum comentário:

Postar um comentário