quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A VIABILIDADE ECONÔMICO – FINANCEIRA DA EMPRESA


 

A missão da Empresa de Saneamento está orientada em função de dois objetivos fundamentais:  

E primeiro lugar, para a universalização dos serviços. Nesse aspecto, a atividade relacionada com a preparação de projetos nos moldes relacionados nos textos anteriores, são de fundamental importância para o atingimento desses objetivos, nas condições de viabilidade técnica, econômica e financeira mediante a aplicação dos critérios técnicos explicados.

Em segundo lugar, para a excelência na prestação dos serviços atendendo critérios de qualidade, quantidade, regularidade e eficiência, a preço justo e equitativo, em condições que permitam seu acesso à população de todos os níveis econômicos, bem como às necessidades relacionados com os serviços públicos, comerciais e industriais.

 

Nesse contexto, no caso do SATECIA, como já temos comentado, se tratava de estabelecer uma visão sistêmica da atividade da Empresa no cumprimento de seus objetivos, onde o fator organizacional se tornava decididamente essencial.

Ademais a Empresa de Saneamento é um projeto de longo alcance, onde à sua viabilidade econômico – financeira deve se acrescentar a viabilidade organizacional, entendendo-se neste campo, todo o relacionado com a estrutura, a operação técnica e a gestão ou administração de seus recursos de uma forma geral.

Procurava-se assim promover a implantação de uma gestão professional, de uma gerencia ágil e técnica, na condução dos negócios dessas instituições, evitando a influência política e o corporativismo próprios das entidades públicas.

Como, entretanto, se daria sustentação financeira, econômica e institucional a essas entidades? Lembremos que:

O Plano Nacional de Saneamento – PLANASA, começou a funcionar em 1971, quando passou a destinar recursos para os estados criarem suas próprias companhias de saneamento. Esses recursos provinham, principalmente, do uso do FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, administrado pelo BNH.

Por outro lado, foi estabelecido, normativamente, que as tarifas deveriam ser reais, assumindo valores suficientes para operar e manter os serviços, retornar os empréstimos contratados e permitir o uso de subsídios cruzados entre consumidores de maior e menor renda (SEPURB, 1995).

Em poucas palavras, o modelo tinha como objetivo dotar às Companhias de uma capacidade institucional suficiente e eficiente para enfrentar os desafios que representavam a situação verdadeiramente deficitária dos serviços naquela época, com vistas ao futuro, e de forma permanente,

Um componente importante para o esquema estabelecido, foi a criação de um fundo rotativo (FAE), que se formaria mediante aporte inicial de cada Estado, com apoio financeiro do BNH, a juros subsidiados, e que se realimentaria de forma sistemática, em um processo circular através das atividades e financiamentos de expansão dos serviços e, em contrapartida, com o pagamento de parte das Companhias, através de sua gestão comercial de venda dos serviços.

A Figura que mostramos a seguir, representa de maneira simples, o esquema de funcionamento do Sistema Financeiro de Saneamento na implementação do PLANASA.
 

 

 

 

 

 


 

 



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