terça-feira, 11 de setembro de 2018

DI, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA PARA O SANEAMENTO 02


INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

O Desenvolvimento Institucional – DI -, a inovação e a tecnologia, são conceitos intimamente vinculados e, hoje em dia, indispensáveis, quanto se trata de melhorar e aperfeiçoar o desempenho de empresas públicas e privadas, para o cumprimento de seus objetivos no sentido de obter mais e melhores resultados, em benefício dos clientes e usuários de seus produtos e serviços.

O desenvolvimento cada vez mais acelerado da tecnologia em geral e, especificamente, da Tecnologia da Informação – TI- oferece novas e cada vez maiores facilidades e oportunidades para o campo institucional e de gestão no âmbito corporativo.

A seguir, apresentamos um pouco da história sobre a utilização e evolução da Tecnologia da Informação – TI – no campo da gestão das empresas e serviços do setor público e privado, com o fim de apresentar e estimular a compreensão e o entendimento, da nossa posição sobre o uso da tecnologia no desenvolvimento institucional do setor de saneamento.

O Inicio

No início dos anos sessenta, as primeiras iniciativas relacionadas com os recursos criados no campo da Tecnologia da Informação -TI-, já era utilizado por empresas do setor privado para determinadas atividades de gestão administrativa, tais como o controle dos estoques de materiais.

Naquela época, o equipamento que se encontrava a disposição destas operações era, basicamente, um gigantesco mainframe alimentado por equipamentos conhecidos como periféricos, disseminados estrategicamente em diversos pontos da empresa. O processo era caro e lento, mas, definitivamente, apresentava maior agilidade, confiabilidade e rapidez, se comparado aos processos manuais que eram anteriormente utilizados.

RPM I e RPM II

Já nos anos setenta, com a expansão econômica e a disseminação da utilização do computador, novas aplicações foram surgindo, incluindo tecnologias mais sofisticadas, na forma de conjuntos de sistemas que conversavam entre si e possibilitavam o planejamento do uso dos insumos, assim como a administração das mais diversas etapas dos processos produtivos. Essas aplicações foram conhecidas como MRP ou Material Requirement Plannig ou, traduzindo, planejamento das requisições de material.

MATERIAL REQUIREMENT PLANNIG -  MRP



A década de 80, marcou o início das redes de computadores ligados a servidores -  mais baratos e fáceis de usar que os mainframes – conjuntura que, agregada à revolução em curso nas atividades de gerenciamento da produção e da logística, representaram novos avanços tecnológicos, transformando o MRP (ou Material Requirement Planning) em uma nova versão aprimorada e mais completa: o MRP II - Manufacturing Resource Planning ou planejamento dos recursos de manufatura – que agora também controlava outras atividades tais como mão de obra e maquinaria.

MANUFACTURING RESOURCE PLANNING - RP II



O ERP – Planejamento de Recursos Empresarial

A partir dos anos noventa, foram criados os primeiros produtos dirigidos, mais diretamente, para a gestão dos negócios de uma forma mais ampla e abrangente: eram os chamados Enterprise Resource Planning – ERP – Planejamento de Recursos Empresarial, ou Sistemas Integrados de Gestão.

O Planejamento de Recursos Empresarial (português brasileiro) ou Planejamento de Recursos Corporativo (português europeu) (em inglês Enterprise Resource Planning; ERP) é um sistema de informação que integra todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras etc. ) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão etc.)[1][2]




EVOLUÇÃO DA TI 

O ERP é uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos sistemas de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações do negócio. Constitui a espinha dorsal dos negócios eletrônicos, uma arquitetura de transações que liga todas as funções de uma empresa.

Nos primeiros modelos desenvolvidos, as maiores dificuldades enfrentadas pelos especialistas, estavam relacionadas com o fato de que o novo sistema tinha que conversar e/ou procurar dados em uma diversidade de softwares em uso nas diferentes áreas da empresa, o que não era fácil. Muitas vezes, resultava na impressão de formulários que precisavam ser redigitados para que as informações pudessem ser inseridas no sistema em processo de implantação. E tudo isso, dependendo do distanciamento e grau de entrosamento existente entre os departamentos da empresa, bem como do ordenamento, disposição e qualidade das informações.

Por outro lado, o seguinte passo na construção do modelo serviu, tanto para aperfeiçoar os processos e procedimentos dos diferentes sistemas e subsistemas da empresa, quanto para estabelecer uma comunicação mais ágil, rápida e efetiva entre as “ilhas” departamentais de sua estrutura orgânica. Foram então, sendo agregados ao SGI novos sistemas, também conhecidos como módulos do pacote de gestão, para áreas tais como finanças, compras, vendas, recursos humanos e outros, nas atividades de apoio à produção, operação, e comercialização dos produtos e serviços.

A tecnologia do ERP, ganhou força na década de 90, entre outras razões, pela evolução das redes de comunicação entre computadores e a multiplicação da arquitetura cliente / servidor – microcomputadores ligados a servidores, com preços competitivos – e não mais na base de grandes mainframes.

Entre os benefícios mais importantes derivados da implantação do sistema em uma empresa estão, por um lado, a maior confiabilidade dos dados, e por outro, a diminuição do retrabalho. As informações trafegam entre os sistemas da empresa e são monitorados através dos diferentes módulos organizados em tempo real, de tal forma que, por exemplo, uma ordem de compra ou de venda aciona o processo de fabricação de um determinado produto, enviando a informação para múltiplas bases, incluindo o estoque de insumos, a logística de fabricação e o setor financeiro. Tudo realizado com dados orgânicos, integrados e não redundantes, de forma instantânea.

Com efeito, o ERP é um grande banco de dados, com informações que interagem e se realimentam entre si sem, praticamente, nenhuma intermediação humana, o que diminui radicalmente o risco de erro. Nessas condições, o dado ou informação inicial, sofre uma mutação progressiva no seu transcurso entre os sistemas, de acordo com seu status intrínseco, até chegar aos diversos destinos. Assim, uma ordem de vendas se transforma, através do processo transacional, no produto alocado no estoque da empresa ou no ponto de entrega.

Algumas das vantagens da a implementação de um ERP numa empresa são[6][7]:
  • Qualidade e eficácia
  • Redução de custos
  • Agilidade empresarial
  • Eliminar o uso de interfaces manuais
  • Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência)
  • Otimizar o processo de tomada de decisão
  • Eliminar a redundância de atividades
  • Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado
  • Reduzir as incertezas do Lead time
  • Incorporação de melhores práticas (codificadas no ERP) aos processos internos da empresa
  • Reduzir o tempo dos processos gerenciais
  • Redução de estoque;
  • Redução da carga de trabalho, pois atividades repetitivas podem e devem ser automatizadas;
  • Melhor controle das operações da empresa;
  • Melhoria de Infra estrutura de Hardware;[8]
  • Aprendizado em TI;[8]
  • Adequação ao cumprimento das legislações federais, estaduais e municipais vigentes

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